O advogado Rafael Mendes, representante da Associação Regenera – que atende mais de 200 pessoas de Arapiraca que fazem uso medicinal de cannabis – é um dos membros do grupo de trabalho que visa regulamentar a lei estadual nº 8754 de 2022, que tem como objetivo principal garantir o acesso universal ao tratamento de saúde com produtos oriundos da planta da maconha.
Em entrevista para o 7Segundos, o advogado explica as diferenças entre o uso recreativo ou “adulto” da cannabis e o uso medicinal, que é recomentado para várias condições, como Alzheimer, epilepsia e TDAH, por exemplo.
No grupo de trabalho, Rafael Mendes defende que a regulamentação leve em consideração o impacto financeiro assumidos pelos estados com os pacientes que fazem uso de produtos a partir da cannabis. Ele estima que São Paulo gasta uma média de aproximadamente R$ 500 mil em apenas dez meses de tratamento a 18 pacientes que fazem uso de óleos e outros produtos extraídos da planta, que são importados.
“Como tem um alto custo, o uso acaba ficando limitado, diferente do que determina a lei, que trata da universalização do tratamento. A solução apresentada pelas associações que promovem o uso medicinal da cannabis é a de cultivar a planta em solo alagoano e, a partir dela, produzir fitoterápicos por meio de farmácias vivas ou farmácia universitária. Além de reduzir custos, ao mesmo tempo gera emprego e renda no estado”, declarou.